Lembro-me da palestra de lançamento de meu livro Você, um Grande Empreendedor, realizada no Alphaville Tênis Clube, há um ano.

Eu e Luiz Roberto Carnier, co-autor da obra, tratamos em detalhes do tema erro e fracasso, de extrema relevância quando o assunto é empreendedorismo.

Recordei o caso do inventor e empresário Thomas Edison. Ele colecionou mais de mil fracassos até desenvolver um filamento resistente para a lâmpada elétrica.

O que teria acontecido se tivesse desistido na experiência 102? Ou na 433? Ou na 722?

Para criar a sua linha de produção em escala, Henry Ford cometeu vários erros. Alguns deles eram de natureza técnica; outros, de gestão.

A cada nova tentativa, no entanto, aperfeiçoava seu método. Criava valor de conhecimento a partir de cada experiência.

Então, vamos aos fatos. Sei o quanto a derrota da Seleção está afetando ao autoestima e a confiança dos brasileiros.

Muitos pensam: se perdemos no futebol, que é nossa especialidade, talvez não sejamos tão bons assim.

Digo o seguinte. A chamada “síndrome de vira-latas”, expressão que nasce nos escritos de Nelson Rodrigues, não pode voltar a vigorar.

Em 1950, perdemos o título da Copa do Mundo, em casa, e muitos julgaram que éramos o pior povo do planeta, o mais incapaz, o mais desafortunado.

No entanto, aprendemos com o fracasso. Fomos capazes de nos reorganizar. Em 1958, na Suécia, ganhamos o tão sonhado título, que foi o primeiro de cinco. Nenhum outro selecionado foi tantas vezes campeão do mundo.

Você, caro leitor, pode ter provado, na vida, a experiência triste do Mineiraço. Foi aquele branco na hora da prova. Foi o dinheiro perdido em um empreendimento que não deu certo.

Pois bem, saiba que o fracasso é excelente professor. Aprenda com ele. Identifique as decisões equivocadas. Determine as suas fragilidades e vulnerabilidades. Reinvente-se.

Muita gente já tomou um 7 a 1, seja no campo profissional ou pessoal. É ou não é verdade? Depois disso, juntou os cacos, refez a estratégia e empreendeu com sucesso.

A própria Copa no Brasil nos rendeu bons exemplos de acerto. Soubemos receber os estrangeiros, demos um jeito de organizar tudo direitinho (mesmo com as falhas na preparação) e muitas empr

esas fizeram bons negócios.

Então, vamos lá. Cabeça erguida! O grande jogo não acabou para David Luiz, Thiago Silva e Neymar, entre outros. Não acabou pra você! Não acabou para ninguém. Bola pra frente! Ainda temos muito o que conquistar!

Fonte: http://www.carlosjulio.com.br/artigos/de-que-nos-serve-o-fracasso/#sthash.coZE8ZLJ.dpuf