Há décadas, ouvimos sobre a crise da falta de água potável. Milhões de pessoas, especialmente crianças, morrem todos os anos em decorrência de doenças provocadas pelo consumo de água imprópria.
Agora, no entanto, o problema da escassez desse bem precioso bate à nossa porta. São Paulo sofre com o esvaziamento de seu principal reservatório, na Cantareira.
Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo, desta data, mostra que a água desperdiçada com vazamentos, ao longo de 2013, seria o suficiente para abastecer a capital paulista por quatro meses.
Novamente, portanto, tratamos de modelos de operação e manutenção que são incapazes de conter o desperdício.
E, sem dúvida, este é um dos principais entraves à construção de padrões de desenvolvimento sustentável, questão que analiso com detalhes em meu livro e palestra A Economia do Cedro.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), boa parte da água tratada foi perdida em vazamentos entre as estações e as residências dos consumidores.
A companhia afirma está tentando reduzir essa perda, reparando as tubulações danificadas.
Enfim, esta é uma tarefa urgente, para todos nós. No caso da gestão, o sucesso se faz com equilíbrio.
Se aumentamos vendas e receitas, precisamos também cortar custos. Se elevamos a produção, de qualquer bem, devemos paralelamente cortar desperdícios.
Esse e outros problemas estruturais, no Brasil, arrastam-se por anos, atravessando governos de diferentes partidos.
Como dita o lado sombra de nossa cultura, somente são enfrentados quando chegamos a uma situação crítica.
Quando presidente da Tecnisa, procurei fazer com que a empresa assumisse sua parcela de responsabilidade.
Em torneiras e piscinas, por exemplo, desenvolvemos diferentes sistemas para reduzir o consumo de água. Deu certo. Constituímos residências que tinham todo o conforto possível, sem gastar excedentes de água.
Você, em casa e na empresa, pode colaborar para solucionar o problema. Faça da sua gestão um esforço para reduzir o desperdício.
Afinal, a teoria, na prática, funciona!
Fonte: http://www.carlosjulio.com.br/magiadagestao/o-que-crise-da-agua-ensina-gestao/
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